O homem é um animal
preso em sua solidões
coroe a sua alma
corta a sua pele
criando uma casca
sobre as feridas
não cicatrizadas
das flechas invisíveis
fixadas no seu peito
que o escolheram como alvo
quando alguém tenta tocá-lo
revive dolorosamente fatos
momentos de crise
em que constrói muros
no lugar de pontes
impossibilitando a travessia
deixando a vida no singular
sem par
deixa tudo morto
sem ar suficiente
porque assim,
matamos o que amamos.
Por Juliana Kisler
Instagram: @julianakislerpoetisa