Estamos reunidos em uma mesa
Esbanjando comidas e tristezas
Vemos nossos reflexos nessa mesa envidraçada
Peço que com esse sangue encha minha taça.
A trocação de olhares se torna provocação
Desprezo e raiva cresce no coração
Mas não proferimos uma palavra
Bocas e corações fechados, paz rasa.
O silêncio da farsa fica ensurdecedor
Todos na mesa começa a sentir dor
Querem expressar, mas são incógnitos
Teremos que ir até a morte sozinhos, nunca fomos próximos.
O inferno de dentro fervendo sem ajuda
Orgulhos extremos, nossas culpas
As taças vazias e carcaças amarguradas
Não há o que fazer, tarde demais, em nossos pescoços a corda está amarrada.