E quando num entardecer cantando,
Eu pensares em ti, tão langorosa,
Os páramos etéreos singrando,
Nas mórbidas brumas, silenciosa.
Vereis ainda n\'ocaso padecendo,
Esses flóreos e sacros recantos,
Que hás de ir ao me deixar aqui jazendo,
Onde findam-se as mágoas e os prantos.
Oh! Minh\'alma tão triste e solitária,
Como um bosque de cruzes e mistérios
Que o silêncio ali entoas tua ária.
Em meio as brumas que a noite beija,
Singrando rumo aos páramos etéreos
Qual ave solitária que voeja.
Thiago Rodrigues