Alimento d’alma
Quisera, alimentar a simplicidade
Tal qual à pulcra terra
Com seus seios, sacia planícies e montes
Leite fecundo indômito, escorre vencendo barreiras
Cantarolando segue, é fonte trazendo vida ao horizonte
Quisera trazer no olhar, o amor puro sem travas, apenas pontes
Ser o colo que acolhe, a voz que alivia
Vestir-me de paz, como se traja a fonte…
Quisera andar sem caminhos
Plainar, gaivota livre por sobre o mar
Romper trevas, como a claridade a dealbar o horizonte
Quisera tocar e aquecer com palavras soltas
Como o sol, aquecendo à terra, enchendo-a de vida
Tendo a certeza da missão cumprida…
Quisera que a simplicidade fosse lema da vida.
Porém, o olhar ser aluno precisa.
A natureza é mestra, mas, em nossa atávica sabedoria
Somos reprovados, destruindo-a
Idiossincráticos, recusamo-nos aprender…
Por males que nela causamos, somos podados...
Ema Machado