Um olhar pungente e faminto
Que penetra a alma e arrepia a pele
Levando o tato
Para além da pele bronzeada a mostra
Conquistando a exposição da nudez
Revelando as curvas do corpo da mulher
Com o toque de carrinho bruto
Em lugares secretos do prazer
Aumentando o querer
Com o sentir das superfícies quentes
De devorar cada espaço das dobras do corpo
Em cima dos lençóis nus e inteiramente devassos
Nos limites da cama arredondada
Está perfume doce e o sabor salgado
Das carnes expostas em desejo
No pecado deliciosamente comedido
Sem pudor e cerimonia
De uma aventura sem regras
Entregue a sua boca meus lábios escorem de prazer
Com gemidos pronunciados em vão
A sua surdez momentânea entre as coxas
Com pensamentos imorais e sujos
Junto ao vai e vem dos quadris
Tatuando um desenho seu em mim
Com a essência que transbordou do seu corpo
E em todas as cores do calor
Querendo mais do que poderiam entregar.
Por Juliana Kisler
Instagram: @julianakislerpoetisa