MISTERIOSO OLHAR
Fitei seus olhos... Um tesouro sem par!
Ai de mim! Por que fiz tal insensatez?
Duas raras esmeraldas d!Uma vez
Que o bardo se pôs, inquieto a mirar!
Pedras raras ofuscando a luz solar!
Imensa floresta virgem ou talvez
Uma obra-prima cravada em sua tez
Com o azul do céu, com o verde do mar!
Olhar, no entanto envolvido em mistério:
Tinha nuanças de uma santa em prece
E ao mesmo tempo de amor deletério!
Foi então que um desejo peculiar
Veio e ficou sem que o vate o quisesse,
Do impenetrável brilho daquele olhar!
Nelson De Medeiros