Contemplando pálida tua face,
Buscavas nos campos dos meus idílios,
Algo de terno e puro que lembrasse
A cor alvíssima dos belos lírios.
Como uma voz por dentro que cantasse,
A melodia eternal dos meus martírios...
Tristeza que na solitude nasce
Na luz doirada dos etéreos círios.
E calado seguiste o meu destino,
No silêncio d\'uma sombra fria
Sem o dobre merencório d\'um sino.
Nas manhãs de sonhos enevoados,
Vestindo as sedas da melancolia,
Vendo caires o orvalho pelos prados.
Thiago Rodrigues