Há vícios para tudo quanto é tipo de gosto
Há gosto para tudo quanto é tipo de vícios
Há vida para tudo quanto é tipo de sonhos
Há sonhos para tudo quanto é tipo de vida
Entrelaçada em fortes fios invisíveis
Mora a estranha
Penumbra de olhos sensíveis.
O passo alarga as frontes esmaecidas
Perto da pompa
Dos sonhos, a despedida.
Há tombos para tudo quanto é tipo de queda
Há queda para tudo quanto é tipo de tombos
Há pena para tudo quanto é tipo de mortes
Há mortes para tudo quanto é tipo de pena
Empoleirada em brancas neves cálidas
Entra o pião-senhor
No mofo ardente das rubras pálidas.
O intenso golpe chama ao desatino
Longe da beira
Dos templos, destes meninos!
Há beiços para tudo quanto é tipo de boca
Há boca para tudo quanto é tipo de beiços
Há vestes para tudo quanto é tipo de roupas
Há roupas em cada olhar que eu vejo.