Essa distância que separa o meu do teu.
Essa imagem que eu mesmo nunca vi.
Esse momento que jamais aconteceu.
É tudo inútil pois ainda não te conheci.
Esse perfume que vive a inebriar.
Meu coração embriagado de fantasias.
É tudo fútil pois nunca irei fitar.
Esses teus olhos, mais vivos que a luz do dia.
Esse teu corpo que sonho em explorar.
Fazer meu templo de mil depravações.
É como o céu que nunca irei alcançar.
Fazer refúgio de minhas tolas ilusões.
Esse teu mundo tão distante do meu mundo.
Que meus olhos mal conseguem alcançar.
Tão distante desse abismo profundo.
Que eu não poderei jamais abandonar.
Esse sonho que vivo a sonhar contigo.
Meu abrigo na amargura constante.
Armadura, quimera, ilusão, castigo.
Jaz vencido, cada dia mais distante.