Mais uma onda me atingiu
E me afogou.
Afogou no próprio amor e ódio
De quem serei,
quem fui, quem sou.
Me diz você se sabe ler entre linhas,
Linhas desgastadas e a vida,
A vida desgastada e largada na beira da sarjeta dos sentimentos.
Fúteis, fúteis sentimentos que tento engolir em seco
Junto com um gole amargo da água salgada que escorre de meus olhos,
Olhos límpidos de tão sóbrio.
Sóbrio de saber que te magoei,
Sóbrio de tentar fugir de meus demônios,
Malditos
Malditos demônios.
Se querem minha vida que venham tomar,
A sanidade me deixou e o caos em fim reinou,
E nele está escrito FORÇA,
Não, não vai me tomar a loucura
Vou despedaçar-te por inteiro.
Pois sou o dono de mim,
Apenas quando me perco no labirinto,
vejo que eu o criei,
Criei para minha proteção e minha solidão,
Os sós não são feridos mas vivem em sos,
Sos.
Sos.
Apito da maquina,
acorda vagabundo
O trem já vai sair,
Desculpe amor devo-me ir às 11,
Se não perco meu horário de descanso.
Descanso do que,
O que farei?
Descanso
A vida cansa
Viver cansa
Sobreviver cansa
To cansado muito cansado...
Desgastado