Um extraterrestre visitou a Terra
No período da pandemia
Seu disco voador
Deu-lhe uma visão privilegiada do planeta
Via tudo de várias dimensões
Ficou maravilhado com o azul dos mares e oceanos
Ficou impressionado com tamanha poluição
Assustou-se com o poder do vírus e da ignorância da multidão
Viu a destruição da camada de ozônio,
O aquecimento global e o desgaste geral.
Ele não entendeu como poucos homens tinham muito
E muitos não tinham nada
Não compreendeu como poucos tinham muitas terras
Enquanto muitos não tinham terra pra habitar
Tentou entender porque os índios precisam defender suas terras
E porque muitos não têm casa pra morar
Achou estranhando só conseguir bens por meio do dinheiro
Viu animais perecendo a extinção
O ar dos terráqueos comprometido
A ciência sem o espaço merecido
O extraterrestre não usava roupa
E se impressionou com tantos tipos que os humanos usavam
Se espantou com sapatos, pois, no seu mundo não havia
Sabia como matar o vírus, mas ninguém sabia que ele estava ali
Sabia que os humanos achariam a cura, pois estava a nãos luz na frente
Como morava noutra galáxia
Estava a procura de algo igual a seu mundo
Mas percebeu de imediato que os mortais
São os mais insensatos e contraditórios que já viu
Devastam seu próprio mundo
Matam, se matam e se destroem
Em nome de ter e não saber o que fazer
O extraterrestre não era extra de si
Não era mercadoria nem coisa
Que via no mundo terrestre
Com agua em demasia e terráqueos morrendo de sede
Sem agua pra se lavar
Viu o globo azul adoecer
Sem saber o que fazer
Foi embora pra seu planeta rever