Sete horas da manhã e estou acordada
Saindo na calçada
Correndo para pegar um trem lotado
Esperando que ele me leve a uma estação que não existe
E de acordo comigo mesma
Querendo um acontecimento que não vai acontecer
Agora são dez para meio dia, e começo a acordar, isso não vai rolar
Eu começo a acreditar em coisas que não existem, e mudar meu pensamento
E viver meu lamento
Quatro horas, quase na hora de ir para casa
Que casa? Quem casa?
Tua casa e não minha casa
O caminho é curto mas pedregoso
Machuca meus pés de chinelo
Não aguento dor
Hoje não, por favor!
Seis e dez, cheguei a estação sem nome
As pessoas estão mortas por dentro
Apenas andam e andam sem direção e eu estou entre elas, não é normal
É um pouco escuro já
E meu medo me faz correr
Mas e no final da rua
É o meu lugar?
Vinte e duas da noite, cheguei há muitas horas
Mal descansei meus olhos e minha mente
Vamos enfrente
Fui ao fogão, fiz algo bom
E já foi umas quatro horas
Agora preciso dormir
Desejo você aqui
Duas da manhã, não descansei nem ao menos fechei os olhos
Eu desejava tanta coisa entre dez e meia noite
Eu sonhei acordada com coisas que já
Foram minhas e sensações que eu amei
Fico pensando nos meus sonhos e planos
E como tudo é tão difícil
E logo vai amanhecer e eu nem ao menos dormi, é bem mais fácil com você aqui!