Quis desejar-te, bom dia.
Que tuas horas fossem plenas de alegria.
E tua tarde esbanjasse melodia.
Invés disso, te vi atônita e fria.
A executar e triste sinfonia.
De alguém que não mais sentia,
O amor que outrora, por mim, nutria.
[...] Queria, ah, como queria!
Tua raiva, tua lascívia, tua doce companhia.
Tudo que, agora, vem de ti é a insossa apatia.
Sobraram teus cabelos no meu ralo, em minha pia.
Espero, apenas, que te lembres que já fostes minha guria.
E quando disso, te lembrares, espero que sorria!