Luana Lopes

O amor reinará

A pandemia veio aos poucos, como uma brisa leve de um vento passageiro, e foi tomando tudo por inteiro. Onde existir amor se fez dor, onde existia canção o silencio simplesmente tomou conto do meu, do seu, do nosso coração.

Já não podíamos abraçar, não podíamos demonstrar todo amor que sentíamos por nossos entes queridos, o isolamento cruel nos mostrou que não há  diferenças de classe, credo ou cor, todos nós tínhamos o mesmo clamor.

Clamávamos incessantemente para Deus nos curar, e esquecíamos que só estamos vivendo tudo isso agora pela teimosia, pela desumanidade, pelo desamor que mantivemos durante muito tempo em nossos corações.

A humanidade parou e sentiu tanta dor!

A humanidade desabou e clamou ferozmente pra que um milagre vindo do céu, do maior de todos, daquele que nos amou viesse em nossa intercessão. Duramente assistiam-se mortes, desespero, desrespeito em meio á esse mundo louco que emergimos tão profundamente, que não sabermos se estamos vivos ou mortos.

Não sabemos quem somos e pra onde vamos!

O vírus veio pra trazer reflexão, empatia, mostrar que ainda temos coração.

Mas, e o que vemos?

Vemos um país afundando dia após dia, um presidente estático que assistir milhões de óbitos todos os dias, sorrir e debochar da nossa dor, que horror!

Vemos o desrespeito á vida, ouvimos vozes que dizia que a pandemia era só uma gripezinha.

O mundo parou senhor presidente! E onde estava o senhor? Quando negou o direito a vacina, a cura de uma população que vibra que pulsa com coração.

Onde estava o todo glorioso ser incorrupto?

O mundo parou, o caos se instalou e mais vidas se foram!

O mundo não aprendeu a amar, a se colocar no lugar do outro.

O amor foi minha cura em meio a tanta loucura desse mundo maluco, onde o normal seria não amar, não sorrir, que normal seria simplesmente desistir.  Mas, o afeto e carinho me transformaram em alguém melhor, que hoje eu sou!

O silencio ensurdecedor que vinha da alma e do coração, faziam nossas vozes entoar uma nova canção, um novo tempo onde o que tem valor não são bens materiais, não é o sucesso tão sonhado, onde o que tem valor é um simples abraço, um aperto de mão e palavras simples que acalentem o coração.

A pandemia veio e parou nosso dia á dia, nos trancamos em nossos lares pra nos proteger e proteger quem nós amamos. O isolamento, a falta de um abraço e a dor da perda fez esses tempos terríveis, onde olhávamos para o passado e sentíamos saudade. O presente já não nos agradava, e o futuro está incerto como um dia encoberto de dor, lagrimas e temor.

Oh meu senhor perdoar essa humanidade por tanto desumanidade, perdoar esse povo pecador, escuta o clamor dos corações tão ímpios. Escuta o ardor das vozes que vem de todo lugar do mundo, daqui, dali, de todos os lugares que sofrem de angustia e dor. Escuta por favor! Esse povo clamar com amor, um amor que aos poucos vem nascendo em meio a tanta dor, pedi fortemente com fé:

 Traz a cura para o mundo!

 Onde estamos sofrendo, orando e clamando com todo o fervor, faz brotar nos nossos corações esse teu amor, capaz de deter tanto ódio, tanta morte, tanta dor, seja nosso salvador!

Mas não nos esquecemos de olhar pro nosso próximo, enxergar sua dor, acalentar suas lagrimas e embalar seus sonhos.

Somos seres falhos, com diferenças gritantes, mas em meio a tanta dor e sofrimentos, o que mais querermos é vencer esse inimigo que nos parou, e buscar aquilo que todos nós querermos, que é ser feliz e viver a vida como uma bela poesia.

Onde toda dor se transformara em alegria, onde o amor comandara nossos passos e finalmente poderemos encher de abraços afetuosos as pessoas que mais amamos.

Onde a pandemia se transformara em apenas lembranças de um tempo onde aprendemos que só o amor é capaz de transformar o mundo em um lugar melhor, pra que as nossas próximas gerações entenda que o progresso só virá se o amor reinar.