ALENTO
O poeta não conjuga o verbo amar
No pretérito passado... Somente
O faz no indicativo do presente,
Único tempo deste amor conjugar!
Jamais tu roubaste a prata do luar,
Pois desde todo o sempre em minha mente
A tua imagem tem constantemente
Todas as nuanças de um céu estelar!
Quem és eu sei. Vou dizer-te quem sou eu:
Vês ao longe o horizonte do universo?
Chegue lá com su!alma alforriada!
Verás a do poeta escravizada
Ao desejo de apenas ter um verso,
Na poesia d!um ardente beijo teu!
Nelson de Medeiros