Hébron

Aquela mulher

 

Aquela mulher de cabelos de vento
E lábios de pétalas 
Tem um olhar de chuva 
Quando em prantos
Quando reluzia em fagulhas sua alegria 
Seu olhar indescritível fulgurava
E tornava-se dia
A dimensão da noite turva
Aquela mulher se espreguiçava 
Em tarde preguiçosa se estirava
E deleitava-se desbotando o céu, charmosa
E o turvo véu vem cobrir-lhe as virtudes
Um lençol a salientar as curvas daquela mulher sinuosa 
Ela nua tem a majestade da lua
Aquela mulher é toda magia 
Seus gestos são poesia
Sua ofegância o sussurro delicado
Seu semblante imponderável 
Seu poder uma magia sensual
É encanto de se ficar encantado 
E na madrugada é sonho