É como se eu voltasse
No tempo para te buscar
No tempo para te admirar
No tempo para te sentir
No tempo para te respirar
É como se eu ficasse
Em casa para aproveitar
Em casa para relaxar
Em casa para me despir
Em casa para morar
É como eu pedisse
Atenção para viver
Atenção para sofrer
Atenção para sorrir
Atenção para escrever
No vento me leva
Que até alma carrega
Ventania faz frio
Sem você mais uma vez
Olha que estupidez
Estupidez do ser humano
Não achar saída
Para um novo plano
Plano de casa
Uma nova casa
Com planta e raízes marcadas
Somente pela sua mão
Escorregando meu rosto
Sem teto e chão
Hora nada
Outrora tudo
Esqueço meu nome
E respiro fundo
Não compreendo como consegues
Fazer essa arte
Com delicadeza a pensar
No porque abandonar
Arte se abandona
Nunca se termina
Em bilhões de sentimentos
Acaba sem saída
Leve garotinha
Seu coração ao monte
Para que seja limpo
De novo
Como antes
Um ano se passou
E você a pensar
Se estivesse viva
Sentiria
Em sua pele
A brisa
Não chores meu amor
O dia carrega meu sorriso
A noite empurra teu olhar
Um ciclo
Que ainda há de se encontrar
Mais um ano pra contar
Que nada é fácil
Mas difícil é pensar
Que pra acabar tem que viver
E pra viver tem que chorar
Chorar pra sentir
E sentir para sonhar
Carrego em meu peito
A vontade de gritar
Que nada se compara
Com você no seu mar
Mar de escolhas
Mar de pensamentos
Mar de amor
Mar de encorajamento
Mas é como
Se 17 fossem só números
Se 17 fossem contrários
Se 17 fossem lidos
Se 17 fossem entendidos