As bactérias,generosas,mandaram carbono
\"Vai ser néctar dos outros\"
Os outros verdes,que vieram
E a natureza assim fizeram
As plantas,deusas,renderam-se ao carbono
E puseram dois Os na dita Terra
Até parece que sabiam que o nosso sonho
Era respirar
Daí,vieram Os Humanos,que amontoado de pêlos
E desengonçado jeito de lidar
Com a vida,com a carne,com o grão,com passar
Os pés pela Terra que,antes,não sabia o que era medo
Mas daí,Os Humanos viram o primeiro titã
E o que é isso?Não sou dono daqui
Vou ter que aprender a matar,se quero o divã
Dessa grama,desse titã,desse existir
Daí veio aquele corre
Corre atrás de sexo,corre atrás de um cervo
Corre atrás de violência,de construir,belo
Tal acorde antitético deste lorde
Ou será que não o é?
Ah!O mundo também conheceu
Aquele apogeu que é gostar
Aquele apreciar denotativo
Do ser que sabe que pensa,mas nem sempre pensar
Mas que sabe amar,ou acha que sabe
Que sabe odiar,e é competente demais
Neste último ofício,reiterando a arte
Que essa antítese do lorde é voraz
Ou será que não o é?
Daí Os Humanos dominaram o solo,dominaram os animais
Dominaram a guerra,dominaram a paz
Ficaram mais belos,mais segregados
Entre idolatrados e gados
E,ao passo,o que antes era só hipotético
Hoje é lei,tá na tela,que tú vê
Só que teu celular só te mostra para valer
Quando já não existe mais luz no teu ego
Mas que lorde não se ama além do que pode ser?
Eu? Não sou lorde,não sou o centro
Sou o meio
Para dizer que sou apenas medo,amor,ódio,desejo
Que ainda me lembro que vou morrer
Ou,talvez,só humano.Mas,e você,o que é?