Ednei Pereira Rodrigues

Fiquei esperando a avalanche

Ecos do écran

 

 E o poema se fez do cal

 Eclodiu calado

 Calabreado iletrado

 Talvez por calaça 

Por falta de faculdades

 Calamidades 

Teve o aval da avalanche

 Sem chance com as grades 

O écran albicole

 Recôndito do alarido

 Multicolorido gemido

 Falta descontrole

 No calabouço literal

 Encéfalo encelado

 Encena o ensejo

 Ensimesmo insocial 

Alforriado pelo infinito

 Continua exato

 Chato

 Candidato ao abstrato não dito

 Todo mérito ao alvanel 

O alvo alveja

 Antes que a pupila veja

  Veleja na cela do celofane.  

                  EPR