Tranco meus argumentos, ao olho que não quer ver
Não há palavras, que eu grite
Não tenho, nada mais a dizer...
Triste... caminhar para o precipício tendo o dedo em riste...
Ainda que houvesse montanhas
Seguem em marcha, contra a corrente
O barco afunda, sem ter quem o detenha
São apenas números... e não mais “gente”
Quem a horda sustenta, crê apenas no ego
Como Pilatos, que lavem as mãos!
O culpado, nem sabe que é, e que é cego...
Que nos ajude, o crucificado...
Ema Machado.