Ainda há tempo de sair desses quadrados paranóicos,
De rasgar as senhas das neuras filas
Despreender-se das mesmices conservadoras do plástico da vida
Imitar os passarinhos que voam sem traçar linhas
Estes sim os legitimos Reis da liberdade!
Assim igualmente à eles, sair do chão e voar n\'uma asa dura
Sobre os mares n\'um belo avião ir p\'ra algum lugar
Sentir-se livre, ir embora, quem sabe um dia voltar
Levar só a bagagem de mão, viver a Primavera e também o Verão
Imitando os passarinhos! Usar a brisa a favor, porque a vida é ilusão
O Sol que brilha avisa quando ele vai se pôr, apagar
Libertar-se das amarras sem temer subir nas encostas
Buscar a sorte nas novidades dando as costas p\'ra o azar
Entrar no meio de bandos contempladores da alegria
Ver outras paisagens! Suavemente n\'outras terras pousar.