uma realidade sólida mais adiante perece
prefiro ser o sonho imperecível
que no meu desdobramento me aquece
prefiro ser a livre brisa intangível
desguardada na ânsia da fantasia
que se esparrama nesses meus sopros
sopros do verbo que vive e me alivia
exalado na sublimação dos meus poros
por toda a minha imaginação, poesia
por toda a noite, agora, por todo o dia
por todo sol, por toda lua, chão ou astro
por todo céu ou universo que eu arrasto
no deleite de cada dia em que me abrasa
na realidade volátil que me descinge asas