Crepúsculo d’alma...
Os olhos perdem-se no ocaso
Pensamentos em lasso se escondem
Um crepúsculo do tédio e da mente
Já não sei aonde ir, sentidos não respondem
Os ares incertos contaminam, soçobram
Há um clima de impaciência, arde
Telas diárias, cores cinzentas ou incendiárias
Nas paletas do tempo, os tons multicores
A vida não pinta, o ser é artista dependente da alma
Na mente a escolha e uso das cores...
E as horas partem sempre cálidas...
Sem as ver passar
Seguem o curso da vida
Hoje, é rio a caminho do mar
Queria acompanhá-la, mergulho, sinto-me afogar
A corrida sufoca, ânsias se acumulam
Sem prognose... não há o que eu faça
Falta-me forças, a corrente teima em me arrastar...
Já não sei aonde ir, sentidos não respondem
A vida não pinta... O ser é artista dependente da alma
Na mente a escolha e uso das cores...
Há um crepúsculo de tédio...
Ema Machado
21/06/21