Samuel SanCastro

Cinzas

Fim de tarde cinza.

Quem sabe onde fostes parar?

E por quê pararias?

Eu sinto muito, ainda que não sintas.

O suspiro é profundo.

Os olhos castanhos.

Carentes da luz fria que me deixou.

Dos teus olhos arregalados.

Daquele poço esverdeado

Da vida cinza que aqui restou.