Eu e você
É como a lua e o sol
Quando um se faz presente
O outro é logo afugentado
Eu e você
É como as ondas e a areia
Por mais que eu me lance ao teu alcance
Inexitoso, volto sempre à estaca zero
Eu e você
É como o cão caçando o próprio rabo
Por mais que eu corra para te apanhar
Só me acabo em desgaste
Eu e você
É como os ponteiros de um relógio
Quando penso que nos alinhamos
Em um instante, você já partiu
Eu e você
É como outono e inverno
Que com a partida de um
Ao que chega, restam apenas folhas secas
E assim sigo eu nesta utopia constante que é o meu desejo de unir os nossos mundos; eu, um eterno protagonista do drama que é esta dicotomia platônica.