Ema Machado

Artimanhas de amor...

 

 

Guarneci meu corpo, com tua cobiça

Sinto frêmitos de um desejo indômito, aquiesço...

Deixo de lado, a modéstia desfalecida

Sinto aroma de amor, sei que o mereço...

 

Há tempos, não me permito essa artimanha

Como se teu desejar, ao meu corpo fosse ofensa

Porém, ao devanear confesso, teu cobiçar me assanha

Ainda que tente demonstrar indiferença

 

Deambulo a sua volta, exalo meus eflúvios lascivos

A espera que capte, a doce mensagem

À sombra de teu olhar furtivo

Anseio teu deserto, serei oásis, e não mais miragem...

Ema machado