Maravilhosa flor solitária no jardim,
Belíssima rosa cor vermelho-carmim,
Que se fechava em botão para não ser beijada
Por nenhum beija-flor,
Nem por mim,
Mas o vento que varria as folhas caídas daquele jardim
Carregava o meu bem-querer até ela
E eu sonhava em acariciar suas pétalas
E a segurar com minhas mãos;
O jardim tinha um pequeno portão,
Que impedia a escuridão da noite de entrar,
Então nele havia sempre luz
E aquela amada e silenciosa rosa
Via meu amor pairando sobre ela
Nas asas de um beija-flor que a queria beijar,
Mas alguém invadiu o jardim e a colheu,
Antes de mim que a queria replantar num vaso
E o colocar no alto de uma estante,
Mas no instante que eu vi que ela não estava mais no jardim
O manto tenebroso e fétido da solidão
Cobriu o meu coração
E a sua ausência mais uma vez nos fez chorar,
Óh rosa solitária e maravilhosa,
Nunca mais vai olhar para mim
Com seus bonitos olhos pintados com o sangue do mel
E onde o entardecer refletia-se,
Nunca mais as suas pétalas vão se abrir para eu beijá-la,
Na estante, o seu lugar e uma vela para a iluminar
Também sentem com tristeza a sua ausência,
Mas no vaso caiu uma semente
E outra roseira nasceu e floresceu
E nova rosa tomou o seu lugar,
Mas na memória da minha mente,
A antiga rosa roubada não está ausente,
Porque eu a amei.