Dedico meus versos à Maria,
Mãe da Salvação, rainha do Paraíso…
A estrela mais alta
Não chega a seus pés,
Soberana imperatriz das alturas…
Sua luz percorre todo o universo,
E converte as trevas em pura luminosidade
Antes perdida, e agora retornada ao seu altar…
Sua túnica é feita com partes de céus,
E é colorida com o pó estelar milenar,
Enquanto sua face é a que mais reflete a Dele…
Na caverna mais escura,
Na tristeza mais mortal,
No navio mais desgovernado,
No caminho mais perigoso,
Basta dizer seu casto nome
Para que seu sacro olhar nos conforte…
Perdoe-me, Santa dos santos,
Perdoe-me, pois pequei e te ofendi…
Rogo-te para me permitir
Ver mais uma vez seu jardim celestial,
Lar dos sonhos que florescem e nunca murcham,
Destino das flores que sonharam e já murcharam,
Repouso eterno de quem viu o Sol e se foi com a chuva…
Você é a rosa mais delicada e perfeita que já existiu,
A rosa dos poetas, dos pintores, dos peregrinos…
Permita-me, na hora que eu partir
Deste mundo confuso e contraditório,
Ter sua benção inigualável,
Ver seu sorriso inimaginável,
Ler sua alma inatingível,
Para que assim
Eu possa ser digno de receber seu filho tão amado…
Maria, receba esses versos de devoção e amor,
E lembre-me, na hora derradeira, das dores que seu coração superou!