Libriana

Tenho Medo

Eu temo, EU TENHO MEDO ... e como tenho!
Sinto o aperto no peito, aquele que não prende mas também não solta, essa sensação esse efeito feito do ser humano é de vasto o mais aterrorizador.


São pequenas fagulhas que transformam em fogueira é na verdade o fogo que arde mas não queima. 


A voz que não cala se torna tormenta de quem é só, é falar pra nao afogar é gritar pra respirar e se ouvir pra não errar.


A cobrança da perfeição do indivíduo quando o mesmo não sabe ao menos descrever como é estar vivo.


O cansaço de quem já correu,  de quem diminuiu suas passadas e que hoje      deita-se rastejando por tudo mas sem tem nada.


É a corrida que não venceu , o degrau que não subiu ,o caminho que errou .Observar abaixo de tudo talvez no fundo nos faça sentir algo além de perdedor.


O amanhã tão esperado e ainda assim tão temino O MEDO NAO CESSA , o corpo treme desse ser pequenino.

Em frente a pedra do caminho sou aquele a sentar com olhar vazio , por que das menores dificuldades fico ainda mais pequenininho.


O que não temo me engole,  o que me teme me assusta mas sou adversa a qualquer tipo de luta  , afinal a lição da batalha sempre recai sobre quem se machuca

E a gente cansa de aprender, de sempre ser deixado para trás , de mostrar seu esforço, de exibir o humano que há em nós.

Sentir o puxar , o retroceder passar diante de você e se encontrar no mesmo início só nos da vontade de querer perder ,desistir abrir mão , o corpo cansa e você perde a razão.


A incredulidade de que possa ser diferente é maior que qualquer coisa que a gente tente.

A desistência não é do fraco  é da alma cálida cansada de ser gente como a gente, de quem conhece muito bem a frieza e o calor do chão , quem está embaixo sabe muito bem o que sente.


Não há fagulha , não há sentimento que nos faça ser diferente.