O tempo urgiu mudando todo o lúdico cenário
Visto de dentro para fora da janela rara e antiga
Onde o menino negro de boné deixava o \"Diário\"
Pão e leite de manhã na porta da vizinha tão amiga
O cavalheiro fino e elegante levantava o seu chapéu
Sinal de puro respeito para as senhoras e senhoritas
Conversas com cadeiras na calçada sob o estrelado céu
Amarelinha e pular corda as travessuras das crianças
Em noite enluarada a serenata na casa da mocinha
Com a flor presa aos cabelos, ela sorrindo aparecia
Poesia! A voz bonita do rapaz era tudo que ele tinha
Pessoas passavam! Em seus semblantes? Simpatia
Intrépida janela que nos deixou ver tanta alegria
Moldura de um belo cenário de amizades, sonho que jazia.