Deus eterno, supremo, onipotente;
És aquele que escreve a minha história.
Mesmo a estrofe mais célebre e notória
Não consegue explicar, por mais que tente.
Tu te assentas no trono resplendente,
És maior do que a infâmia e do que a glória.
E a fortuna lunática, irrisória
Se submete ao teu sólio servilmente.
Teu poder é indizível, sublimado,
É com ele que escreves o passado
E os milênios ignotos que virão.
Dos maiores perigos não te evades,
Nem te assusta o fulgor das tempestades,
Nem apaga o teu brilho a escuridão.