Bastaria, dá-me um gesto de ternura!
Um aceno de mão, um sorriso sereno
Uma palavra doce e pura
Um olhar de candura, sem julgo ou punição...
Anseio por braços abertos, palavras de afeto
O espaço que me caiba, em teu peito como irmão
Anseio, como anseio!
Onde foram morar, os sentimentos doces
O ombro ofertado, muitas vezes molhado
Pela fadada desilusão...
Anseio o colo, seja meu solo... o silêncio sem arguição...
Os dedos andam em riste, ainda que sem razão
Olhos não olham nos olhos, há anseios de comparação
Oferto-te minha carência, minha reciprocidade
Que somente espera, como caridade
Um gesto, de amor humano...