PB Almeida

Remendo

Me derreto na forma de seu corpo

E espero me moldar em você

Os anos passam, me sinto velho

E você juvenil

Anseio pelo o que quero

E você nem decidiu

Quero te proteger em meu colo

Transformar sua dor em alivio

Suas lágrimas em sorrisos

E se eu for a agulha que te pinica?

Ou a dúvida que te implica?

Não sou herói nem vilão

Nem terrivelmente mau ou incrivelmente bom

Você me tem tão facilmente

Como um jogo, me vence

E eu digo: Não te ensino.

Me conte todas as histórias de sua vida

Das mais chatas as mais divertidas

Vamos dividir nossas feridas

Costurar nossos remendos

Até que você puxe uma linha

E eu me desfaça em seu pensamento.