Eu sou o eu sou
Ser ou não ser, eis a questão
Quanta balela e provocação
Que envolve um ser solitário,
Desejando apenas um relicário
Em si mesmo que permitiria
E não somente lhe mostraria
Sua importância, mas abraçaria
Todos os fatores que em um dia,
Ele optou por esconder sem alegria.
O homem é o lobo do homem?
Um pouco controverso e insone
Que Rousseau, doravante dizia
Que é a sociedade que o corrompia.
O que quer dizer? Estou confuso
E deveria, pois assim é o mundo.
Uma infinidade de versos a debater
O que nenhum homem é capaz de entender.
Então também não somos o que comemos?
Talvez, mas não nos limitemos.
Somos o tudo e somos o nada.
O macro habita em nossa micro morada.
Somos a sombra, a psiqué, o animus e anima,
Somos yin e yang buscando uma vida.
Somos este universo, células de poder
E não há rótulos para se ser.
Ser ou não ser, eis a questão?
O que quer dizer nessa indagação?
Somos o que somos apenas isso,
Se lembre de Descartes, penso logo existo.
É a pura existência humana e carnal,
Temos definições, mas nenhuma ideal.
Apenas somos, consegue entender?
Sou o eu sou e também sou você.