Esse frio que gela até a espinha
Condiz bem com o que rola na minha vida
Essa chuva fraca e serena
Que pela noite entrega
Como os sentimentos que me faltam
São os que me fazem continuar
Esse vento cortante que penetra
Onde pensei ser impenetrável
Alcança até o osso
E me faz lembrar
Que a noite as vezes durmo cedo
Só para o outro dia logo chegar
E assim eu vou levando
De pouco a pouco me desgastando
Permanecendo calado
Porque o que for compartilhado
Deixa de ser somente meu
E eu ando bem egoísta ultimamente
Se eu saio contra a minha vontade
Pretendendo não trombar ninguém
Parece coisa de desmiolado
Mas faz tanto frio no meu quarto
Que eu não aguento mais ficar parado
Se quem canta seus males espanta
Eu solto a voz que existe na minha consciência
Que depois de falar tanto pra mim mesmo
Nem sei se ainda pode ser ouvida