Vlad Paganini

MENINOS

MENINOS

 

Meninos que amam meninos

Meninos de calças e saias

Meninos de shorts, saltos e sandálias

Menino garoto homem

Meninos de gestos

Meninos másculos

Meninos e homens que vivem com fome

 

Meninos do fogo que incendeia e da água que banha o corpo em correnteza

Que fertilizam a terra e respiram o arco íris no ar

Meninos homens que conquistam o mundo

Meninos de vários versos

Meninos que em minha poesia declamo

E entrego todos aqui de modo mais sublime e insano

 

Menino borboleta

Menino águia gavião

Menino porto solidão

Menino bailarino que dança e rodopia

Meninos que são pura magia e doce canção

 

Meninos que sentem vergonha

De desnudar o amor do igual

Nos mesmos lençóis e nas mesmas fronhas

 

Meninos valentes

Que enchem o peito

E se entregam ao amor e a vida sem temer o preconceito

 

Menino covarde

Que esconde e engana

Que muda sua postura e conduta 

Diante da banal e hipócrita sociedade  

 

Meninos

Quantos muitos inúmeros

Uns tão pouco iguais e inúmeros diferentes

 

Meninos rosa

Meninos azul  

Menino incolor

Alguns até sem cor

 

Não importa a cor

São todos homens, garotos e meninos

Em busca seja de que forma for

Se entregar ao amor!

Vlad Paganini