Quando uma harpa paraguaia eu ouço
Nos refolhos da alma uma alegria
Saudosa vem do tempo quando moço
Eu em Ponta Porã, ali, vivia.
No ressoar das cordas o alvoroço
De lembranças dormentes tem a via
Para sentir no cérebro o esboço
Da ebriez do conhaque que eu bebia.
Revejo da primeira namorada
O olhar enorme e a boca inda carnosa...
De Pájaro Campana a toada
Em ritmo de polca... Quão charmosa
Foi minha juventude envolta em danças,
Envolta em fé de muitas esperanças!!