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Antonio Aurelio Felix

MEU CORAÇÃO

MEU CORAÇÃO

O meu coração

é iqual a cana

Que entra na moenda

Ele nunca se emenda

De tanto se machucar

Quanto mais se engana

Mais quer amar.

 

É como estrada velha

Aonde muitos já andaram

Não toma na telha

E não esquece

Dos que por ele passaram.

 

Apesar de mal tratado

Está sempre livre

De novamente ser amado

Na esperança sempre vive.

 

Não toma jeito

E nem se conserta

Bate forte no peito

E para o amor

A porta está sempre aberta.

 

Não tem tropeço

E nem enganos

Está sempre em seus planos

Um novo recomeço.