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Despedidas e fins

Houvera a manhã em que tudo mudou,
Aquele sonho, perdido, se tornou
Antes era-me amor, agora, jaz-se dor
Eu digo-te, sonhei, em teu coração sou morador

Na infinitude da paixão fui-me sem razão,
Nem ao menos notei a solitude,
Ignóbil tu és, bate, até que ilude,
Bombeando meu sangue, sim, és tu, coração

Escrevo repetidos versos, surrados,
Vejo-a, não estamos mais amarrados,
Assim, despeço-me de ti, fui, amor

O fim, até que em fim, chegou
Imerso em ti, a vida me mudou
Agora, é assim, adeus, a ti fui amor