Um copo amargo de solidão,
Servido pelo seu coração,
Para aplacar o meu amor por você,
Exigente, guloso e ansioso,
Mas só via as cinzas,
Que se tornou o seu sorriso,
Depois que um dia
Em que ele partia para longe,
Aonde o tempo não chegava a tempo
De contar os dias e as horas,
Que uma paixão abrasadora
Ficou sem sentir o calor
Do amor e sem vislumbrar a esperança
De um sorriso que se apagou;
Mas o amargor de uma falta de um abraço
Contaminou os lábios
Ansiosos para beijar outros lábios,
Que agora não sorriem
E que, cobertos pelas cinzas,
Murmuram um réquiem para um amor
Apagado pelas suas mãos
Nos vãos não encobertos pela misericórdia,
Que não existe num coração
Que serve, sorrindo, o amargor que enruga
E resseca os braços
Que tinham a ilusão
De te dar um abraço terno,
Mas os laços da amargura,
Que o amargor carrega na cintura,
Além de amarrarem os meus braços
E aplacar o meu amor,
Amarrando-o na distância
De onde nascem os seus gritos,
Agora abafados e nunca antes ouvidos,
Abriram o caminho para você
Ir embora.