Às vezes olho o céu, como quem desejasse o universo.
Um dia, disse-me, “serei como aquela estrela”...
Aqui, onde me encontro, sou apenas pirilampo
Que ao tentar alçar voo, vê-se quase apagando...
Um dia alcançarei o universo, como a estrela que a mim pisca.
Mesmo que brilhe, apenas à primeira vista
Penso... para brilhar, é preciso que haja escuridão
E nesse universo, reina tanta solidão...
Pura ilusão, estrelas desaparecem ao nascer do dia...
Anseio volátil, desperto...
A estrela maior, o sol, me guia.
Sigo-a na vida, ainda que a curtos passos.
Nunca pensei, chegar além de onde me encontro.
Sonho, como todo ser. Porém, tenho a cabeça ao meio-dia.
Às vezes, pirilampo, ascendo-me em noites
Quando estou em devaneios...
Ema Machado
24/05/21