Fragmentos de Mim
No banheiro, onde o vapor é denso
Redijo uma poesia efêmera no espelho
Ah, maldito espelho
Pensa que minha boca é fojo
E que os dentes são estalagmites
Não serve como estalagem
O arnês da arnela
Não senti nojo
Da saburra sob o dartro
Não serve como pojo
Porque me analisa com tanta veemência?
Tudo isso é vontade de ser psiquiatra?
Um dia crio coragem e te estruncho com o carpo
Não vou recolher os cacos
Alguém pode querer fazer um mosaico
Remorso do torso
A frenectomia
Confesso a Katoptronofilia
A acufagia
A pia queria um pouco de utopia
Cansou de tanto escarro
O acrílico era idílico
Será que com todo esse flúor indo para o esgoto
Os ratos vão ficar mais fortes?