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Geovany Oliveira

Pegada

Nesse cômodo escuro

Contra a parede me escoro

Enquanto insistes em me prender

Já consigo apreender

Tua mão minha coxa demarcando

A outra, minha nuca destacando

Tal calor de tuas mãos

Fazendo-me ansiar por mais

Tua mão pelo meu corpo caminha

Eu mal sei o que fazer com a minha

Tamanho o tesão

Então, para aliviar a tensão

Foco no aroma de teu hálito

Notar-te em minúcias tornou-se hábito

Vislumbrar os detalhes teus

Profanando-me pensamentos ateus

Enquanto sinto e deixo a mente divagar

Afastas-me devagar

O ósculo, o olhar, a carícia

Não supre minha recém carência

Mesmo não estando a fim

Parece que chegamos ao fim

Dera-me munir-me de ensejo

E enfim, sanar nosso desejo