Vaso vazio, profundo, cheio de si e vazio do outro.
Vaso vazio provado no fogo, lapidado conforme a mão de quem O criou. Esconde rachaduras por trás da tua demão de tinta.
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Vaso vazio, que esconde tesouros e profundidades que só tu tens.
És único vaso, porém não és único de vazio, vazio de si e vazio do outro.
Eu te enojo, te enalteço, te reconheço. Tua escuridão me é familiar, e me conecto a ti.
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Não és único vaso vazio!
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Vazio, hipócrita, vagabundo, perdeste de admirar a vida que passsara pela janela, enquanto tu mergulhava na escuridão do teu ser.
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Vaso vazio criado pelas mãos do Perfeito e corrompido por tuas próprias vontades, envenenado pelas tuas crenças.
És vazio vaso que \"definhora\" na imperfeição de viver longe do Perfeito.
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Vaso feito de pó, provado no fogo, serás daqui em diante cinzas da tua parasita vida, que esqueceres tu de viver.
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Mary Aguiar