Vilk Andrade

DEUS QUE CHORA

Em meio aos prantos o pobre homem orou, queixando-se para Deus indagou:
Quanto vale para o homem obter felicidade? Qual o valor a se pagar para se ver livre da maldade?
Se não tem preço uma vida, por que por tão pouco o Homem mata e a dizima?
Se suas bênçãos são pela graça, por que ouço venderem nos templos e nas praças?
Observa ao grande e afortunado, que bem ele fez? Enquanto ao pobre e desamparado indaga quando será a sua vez?
Se para o roubo e a corrupção não tem mais  solução, peço que livra-nos desse mal e proteja nossas mãos.
Se eu como filho sofro e fico indignado, imagino tu Nosso Pai o quanto não tens chorado.
Se por amor uma mãe chora ao ver seu filho sofrer a desdém, quanto mais o Senhor que o seu amor vai muito além.
Sei que choras comigo e com a todos injustiçados, saber que nas dores estás presente isso me tem consolado.