O meu inconsciente é meu amigo,
Conserva os meus mais íntimos segredos,
Confio nele como o meu abrigo
Dentre cipós, ramagens e penedos.
E mantido em minh’ alma num antigo
Repertório de brios e de medos
Dele obtenho menção co’ o que consigo
Dirigir minha vida em meus apegos.
Nos meus sonhos, o inconsciente fala
De simbólico jeito e confidente,
Pois, assim, funciona a minha mente.
Se algo estranho a mim vem que me abala
E tenta intimidar-me, ou me agrida,
Ele mantém minh’ alma protegida.