Nos salões do destino
Desdobro lençóis de lembranças
Aquiesço que despertem e dancem pela memória
Dança sincronizada ao compasso de melodias do tempo
Às vezes, perco-me nesses ternos instantes
Não me reconheço entre o bailado que passa por mim
Rodopiam cenas, de um ser repleto de dilemas
Despido de vontades, regido por difíceis danças
Aqui, nesse país de sambas e frevos, dissonante, dancei alguns tangos...
Não há ensaio nos salões do destino
Nunca fui exímia dançarina, aprecio passos bem feitos
Sincronizados ao compasso de sons variados, múltiplas vezes os perdi
Tentei ensaiar alguns passos, porém, a melodia sempre mudava
E, raras às vezes, que para ela estava preparada...
Não conseguia nem queria dançar só, busquei parceria
Não dançávamos no mesmo compasso, quem diria...
Amanhã, não sei o que há a minha espera, aprendi algumas lições
Amo antigos acordes, porém, o novo sempre vem
Visto-me para o baile, que sejam doces as melodias...