Seu jeitinho dengoso
me prendeu,
Na masmorra dos teus olhos
Tornei-me prisioneiro teu,
Ando tão carente, e do nada,
ou quase nada, você me apareceu e minhas mágoas abrandou.
Se fez amiga, com este jeito frágil, meu coração quasímodo fez morada,
neste sorriso encantador e tímido,
Não vejo a hora de velejar em suas águas,
Me perder em suas dependências,
Velar sua face linda, e te amar,
Com toda minha força,
com toda reserva de amor
que guardei para ti.
Quero lhe dizer tantas palavras,
darei trabalho para o seu velho
e bom dicionário,
Quero te ver dormindo,
Entre um suspiro e outro
te beijar apaixonadamente, quando amanhecer,
quero estar agarrado a você,
quero ter certeza que és minha,
Serás amada, minha mulher,
como nunca fora antes,
E ficarás comigo!
Até o findar dos meus dias.
Acredite é verdade,
não me permito firulas, nem tão pouco milongas,
Te amo, sempre te amei, desde outras vidas.
Algo em mim pressentia sua
pré - existência,
Mas a vida é cruel,
é desencontro, e nós nunca nos coincidimos nos mesmos sonhos, ou nos mesmos paraísos,
Apenas por músicas e poemas
sabia de ti,
Enfim te encontrei, ou tu me
encontrastes, nem sei.
Não é precipitado dizer:
Eu te amo,
Nem é carência, esse meu amar, engraçado, eu sempre te desejei, sempre estive a sua espera,
Até porque, minha cara,
temia em não encontrá-la. O tempo é veloz, ignora as paixões impossíveis, Querida, o tempo não sabe brincar, de ser bom com a gente.