Eu vim vivendo destruindo almas,
Satisfazendo a própria alma minha.
Vim destruindo o amor por entre palmas
De vitórias a mim em quem se aninha
Um mero egocentrismo; e tu me acalmas,
Trazes no teu sorriso, que advinha
A minha sordidez; e vai que espalmas
Por minha solitude a tua mãozinha...
E cri em ti, também tu creste em mim,
Mas o meu mau costume inda arraigado
Dele não conseguiste dar o fim.
E assim desconstruímos o almejado
Amor que, de nós dois, por tanta glória
Desta vez deu-me empate, sem vitória.