De tristeza, não!
Parece que estou vacinada
e, quando eu achei que não daria conta,
aguentei.
Reergui-me de buracos profundos
Limpei lama dos olhos
Minha face nem era eu
e não morri!
Chorei de cravejar o peito
Pesadelos com monstros tenebrosos...
É redundância, eu sei
Mas preciso usá-la para explicar
O inexplicável
Inexorável
Mistério de viver
E não morrer de dor
ou agonia.
Talvez eu morra de felicidade
Porque toda vez que meu coração festeja
Ele revira-se como uma bola solta
num brinquedo de rampa
E eu quase tenho certeza
\"É agora que vou morrer!\".
Eu acho que a morte me beijará
Em momento de puro êxtase
Num festio, num desvario de alegria
E, olhando assim,
Não será tão triste morrer!